O empresário Patriolino Dias destacou que 2021 foi o melhor dos últimos cinco anos para o mercado imobiliário de Fortaleza. “Conseguimos desovar o estoque todo. Nossa preocupação é apenas com a alta nas taxas de juros, assim como o preço dos insumos da construção civil, que até registrou uma leve retração, mas muito pequena. Acredito que isso deve reduzir um pouco mais, até por causa da redução da demanda no mercado internacional”, afirmou.

Patriolino Dias disse que as expectativas para 2022 são muito positivas            Foto: Divulgação

Lembrou, entretanto, que como os estoques caíram muito, e o tempo de obra é em média de quatro a cinco anos, poderá faltar algumas metragens na Capital. “Possivelmente, até o final do primeiro semestre do ano que vem deveremos sentir a falta de alguns tipos de imóveis em nossa cidade. Pois entre 200 e 250m², não temos disponibilidade e não houve lançamentos, e isso deve fazer o preço subir”, explicou.

Ele ressaltou que para o ano que vem a expectativa em relação ao mercado da construção civil é muito boa. “Ela continua positiva e acredito que teremos um número considerável de lançamentos não apenas na Capital, mas também em todo o Estado. Principalmente na região do Cariri e também em Sobral, onde grandes construtoras estão se deslocando para atender à demanda”, ressaltou Patriolino, diretor da Dias de Sousa Construções.

Lei federal

O Governo Federal sancionou a Lei Nº 14.285, de 29 de dezembro de 2021, que altera as leis nº 12.651/2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; 11.952/2009, da regularização fundiária em terras da União, e 6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, para dispor sobre as áreas de preservação permanente no entorno de cursos d’água em áreas urbanas consolidadas.

De acordo com Patriolino Dias, esta lei resolve duas grandes dificuldades dos municípios brasileiros. “Define o que é área urbana consolidada de forma objetiva. E deixa para os municípios regulamentarem em seus planos diretores suas áreas de preservação permanente. Medida importante, pois de acordo com o Código Florestal, em vigência, o Edifício Palácio do Progresso, no Centro, deveria ser demolido, já que está na faixa de proteção (segundo o código)”, disse o empresário, que é presidente do Sinduscon-CE.